9 de janeiro de 2009

é o que vos digo...

[Barcelos, 9 de Janeiro de 2009]

Graças à perseverança da minha mana [que não tendo nem o tlm nem a máquina fotográfica com ela, foi a correr comprar uma máquina descartável, dessas que já ninguém usa e que todos achámos que já nem deviam estar para venda ao público, e registou o momento] deixo-vos aqui apenas uma das fotos...porque ela fez questão de aparecer em todas as outras...PASTA!!! :D

Comunicado de uma pateta alegre

Está a nevaaaaaaaaaaaaaaaar em Barcelos!!!!

[é nestas alturas que me arrependo de ter um telemóvel primitivo]

8 de janeiro de 2009

Raisparta a minha pessoa...

Hoje de manhã enervei-me como gente grande. Precisava de encontrar já nem sei bem o quê dentro da minha bolsa. Ora, não fosse a minha bolsa estar atulhada de coisas, encontrar esse "não sei bem o quê" teria sido obra fácil.

Mas não. Já não basta eu ser a pessoa mais atrasada que conheço, ainda tenho de perder o meu precioso tempo [que de manhã tem o dom de passar rapidíssimo!!!] a esvaziar a bolsa toda, desesperada, já a pensar que tinha perdido o "não sei bem o quê" e que, ainda por cima, e para começar o dia com um humor de cão, iria perder o autocarro.

Lá encontrei o "não sei bem o quê" e fui a correr feita doida desvairada até à paragem de autocarro.

Tivesse isto acontecido apenas hoje e eu não estaria louca com a minha pessoa.

Cheguei a casa do trabalho, virei a bolsa de "pernas para o ar" em cima da mesa da cozinha e lá inspeccionei o que tinha dentro da mesma, esperançosa de que me pudesse livrar de alguma tralha a mais.

- Carteira
- Agenda
- Livrinho de anotações e uma caneta
- mp3, auscultadores e respectiva caixa
- pano de limpar as lentes dos óculos
- bolsinha com pensos diários, higiénicos e afins
- travessões para o cabelo
- pente
- pilhas para o mp3
- lápis dos olhos
- Buscopan
- pen drive
- Porta-chaves com as chaves de casa e com as chaves da empresa
- gloss
- bâton de cieiro
- telemóvel
- pacote de bolachas
- e [espantem-se ó almas!!!!] QUATRO pacotes de lenços!!!!!

[ainda eu tenho na empresa a pasta e escova dos dentes e deixei-me de fazer acompanhar do creme das mãos por causa do massacre da Raquel. Tu bem te lembras, não babe?]

Comecei a abanar a cabeça num não desenfreado de histérica que estava comigo.

Como é que é possível que eu ande com tanta coiseirice atrás de mim? Onde é que está o espírito prático de que tanto me gabo?

Analisei cuidadosamente aquilo que poderia dispensar. E adivinhem só? Dispensei os 3 pacotes de lenços a mais. Tudo que resta, pensei eu [qual espírito prático!], é-me absolutamente necessário!!!

[e dias de neuroses se afigurarão no meu 2009 sempre que não encontrar o que quero dentro da maldita bolsa]

Helena, raisparta a tua pessoa!!!!

Grrrrrrrrrrrrr

anda por aí alguém a querer desgraçar-me...

e é aqui
e aqui

[indignada, meu caros, indignada é como me sinto!!!nunca pensei que alguém me quisesse mal!!! :D :D :D]

[eu desgraço-me, sim!!!mas arrasto uns quantos comigo!!! :D :D :D]

é de mim...

ou o meu nariz já se foi...

[que friiioooo...]

6 de janeiro de 2009

surpresssaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!

e eu que pensava que quando me fizesses uma surpresa eu ia...

pular da cadeira..

saltar...

gritar...

chorar de emoção...

esmagar-te com mil abraços...

besuntar-te de beijinhos...



e vai-se a ver não foi nada disso... :D :D :D


bates na janela, pões o teu melhor sorriso e acenas-me...

[num dia em que não te esperava e em que estava sentada à frente do computador a fazer contas à vida]

e eu...bem, eu faço um ar de "e quê?tá tudo?" e lá continuo a fazer contas à vida sentada à frente do computador como se nada fosse...

e depois "espera aí...aquele não era...?!!"

ponho o meu melhor ar de pateta alucinada e lá vou eu ver se está alguém lá fora...

e NADA, NINGUÉM!!!

[foram 30 segundos a pensar que estava a alucinar]

SURPRESA!!!
[tu mesmo à frente da minha vistinha e eu lá continuei com um ar de pateta alucinada]

[depois estou sempre a lamentar-me que nunca me fazes surpresas!!!Porque será?]

4 de janeiro de 2009

Eu já... [continuo a achar que isto vai ser desinteressante e, ainda por cima, não me vai deixar dormir]

Eu já passei uma noite acordada na companhia do meu pai para ver estrelas cadentes
Eu já fui epiléptica
Eu já questionei a minha fé [muitas vezes]
Eu já vi nevar
Eu já aprendi a dizer "não"
Eu já escrevi cartas de amor
Eu já passei uma tarde de domingo no monte a apanhar cogumelos
Eu já apanhei batatas, vindimei e desfolhei o milho
Eu já vi a minha avó chorar
Eu já queimei muitas das cartas de amor que escrevi
Eu já brinquei às casinhas numas "alminhas"
Eu já desejei muito que a minha mãe não tivesse morrido
Eu já andei de cavalo
Eu já morei numa casa onde a chuva entrava pelo tecto e pelas janelas e a casa-de-banho tinha paredes de plástico
Eu já não tenho febre desde o 9.º ano de escolaridade
Eu já sobrevivi com 100 € por cada 2 meses
Eu já fumei
Eu já roubei
Eu já cantei as Janeiras
Eu já disse que não gostava do meu pai
Eu já saí de Portugal cinco vezes
Eu já perdi a fé
Eu já renovei a fé

[esgotaram-se-me os "eu já..." que me permito colocar aqui]

Por imitação [daqui] e por brincadeira propus-me a fazer uma lista de "eu já". Tal é a pobreza de cada item que me assolou uma profunda tristeza. E se eu morrer hoje é isto que levo comigo...

[vou prá cama estudar a mecânica do batimento do meu coração]