30 de dezembro de 2010

Já há algum tempo que não ponho aqui os pés, que é como quem diz "já há algum tempo que não ponho aqui palavras". Lembrei-me de voltar não só porque é final de ano, e o que não falta pela blogosfera são reflexões em jeito de avaliação final do ano que está a terminar, mas também porque a minha amiga Raquel me fez chegar o seu desagrado com o facto de ver escarrapachada há mais de um mês uma bela fotografia nossa aqui no estaminé. Ah!E também porque estou a trabalhar e isto aqui está uma pasmaceira que não se pode. De modos que ainda há cinco minutos estava dormitar em cima de um Portefólio e tenho necessidade de espairecer um pouco os miolos. (Brincadeirinha!)

Bem, é final do ano, não é? Há muito para contar, relembrar e avaliar: projectos iniciados e terminados, projectos iniciados e por terminar, projectos vitalícios, projectos que nunca chegaram a iniciar (apesar de os termos planeado) e muitos, muitos acontecimentos que não foram planeados, mas que fazem parte da natureza humano e que não podemos evitar.

2010 foi um ano emocionalmente confuso para mim. Vivi momentos muito felizes e momentos muito tristes e momentos muito pacíficos e momentos muito turbulentos.

Casei-me (lá está o projecto que espero vitalício :D) e posso dizer que não há ponta de arrependimento (para já :P). Foi uma festa bonita, com os seus contratempos (meteoeológicos, sobretudo) , com as suas imperfeições (a minha ideia também nunca foi ter uma festa de "princesinha", mas sim uma festa como a própria vida).

Iniciei o ano com muitas incertezas do ponto de vista profissional e, contra a conjuntura geral, em Janeiro mudei de trabalho. Saí com dois salários em atraso e até hoje ninguém me veio dar satisfação sobre os mesmos. Neste momento estou a trabalhar num projecto que me agrada minimamente. Apesar dos meus objectivos do ponto de vista profissional não serem estes, estou a trabalhar na minha área de formação académica. Além disso, agradeço todos os dias a oportunidade que me deram.

Vivi pela primeira vez o luto. A morte do meu avô materno. 21 dias antes de me casar. Por isso, podem imaginar o misto de emoções que o meu coração teve de gerir. Não foi muito fácil. Até porque o meu avô começou a morrer muito antes da sua morte física. No dia do funeral do meu avô, ergui a cabeça e tentei organizar todos os restantes preparativos do casamento como se ele ainda estivesse entre nós. Tive a certeza, nesse dia, que era isso que ele desejava.

A meados do ano pensei que ia ficar sem o avô paterno, mas afinal tudo acabou por não passar de um susto.

Inscrevi-me no mestrado e entrei.

Fui tia pela primeira vez. E tenho uma sobrinha muito fofa :)

Vivi, com muita felicidade, o casamento de duas grandes amigas e um grande amigo.

Conduzi muito, apesar da minha resistência e temor ao bicho de 4 rodas.

Tive, e espero continuar a ter, saúde para dar e vender.

Enfim, foi um ano de mudanças e para terminar em cheio vou passar para 2011 com a minha nova família. Por um lado, sinto-me feliz porque é consequência de um dos passos mais importantes e felizes da minha vida (o casamento) mas, por outro, tenho o coração no tamanho de uma minhoca porque é o primeiro ano que passo longe da minha família de sangue.

Para o ano de 2011, não faço projectos. Vou deixar a vida rolar. Quero estar ao lado de quem amo, com saúde e mmmuuuuuuiiiiiittttttoooooo optimismo.

Um bom ano para todos!

3 comentários:

Unknown disse...

Lena, gosto da forma como te expressas.
Gostei de fazer parte do teu projecto vitalício.
Desejo que 2011 seja mais um marco importante!
Tudo de bom.
Xi

Oh, Mrs. Dalloway! disse...

2011 deveria ser o ano em que vocês nos tornavam tias :D

Hanokh disse...

oh babe, já se sabe que para 2011 não faço projectos, mas sinceramente ter filhos em 2011 não faz parte dos meus planos... :D Em 2012 começamos a pensar nisso :)