24 de julho de 2011

Rescaldo da volta a França


Agora que terminou mais uma edição da Volta a França, apeteceu-me fazer um “gosto/não gosto” desta edição.
Gostei:
-Da maneira como o Cadel Evans venceu a prova, é um ciclista que admiro muito, lutou contra todos, ninguém o ajudou nas etapas mais difíceis e esteve sempre muito bem.
-Da etapa em que o Andy venceu, atacou a 60 km da meta, e a estratégia da Leopard também esteve excelente. Foi uma etapa à moda antiga.
-Da garra do Voeckler, chegou à amarela com todo o mérito e agarrou-a com unhas e dentes, esteve muito bem nos Pirineus e nos Alpes, mesmo não sendo o seu terreno de eleição. Também gosto muito da maneira como ele é sempre muito activo em todas as provas em que participa e não ficava nada triste se ele ganhasse a volta à França.
- da maneira como o Contador se recusou a atirar a toalha para o chão… mesmo já estando longe do primeiro lugar, atacou bastante na etapa 19 (de Alpe D’Huez), é um ciclista soberbo, seria muito bom vê-lo ao nível que esteve no Giro de Itália (iria bater toda a concorrência certamente);
-de ver o Hoogerland a chorar no pódio, para receber a camisola de melhor trepador, no dia em que foi abalroado com o Flecha pelo carro da Televisão Francesa. Apesar de ter sofrido muito não guardou qualquer rancor a quem o atirou ao chão. É um grande Homem.
-Da equipa Europcar pelo trabalho fantástico que fez a ajudar o Voeckler a manter a amarela.
-De ver o Thor Hushovd a ganhar duas etapas de media montanha, não é nada normal ver um sprínter a fazer destas coisas e ele esteve muito bem.
-a vitoria do Rui Costa na etapa 8, é sempre algo indiscritível ver um português a vencer uma etapa do Tour, o Rui esteve muito bem e está de Parabéns.
-As 4 vitorias que a Noruega arrecadou (2 do Thor Hushovd e 2 do Edvald Boasson Haegen), um país com apenas dois ciclistas a competir nesta edição.
-Da combatividade do Gilbert.

Não gostei

-Do traçado da volta a França, não tem o nível de espectacularidade de uma Volta a Italia.
-Das quedas e dos abandonos de tantos ciclistas, muitos deles candidatos à discussão geral.
-Da viatura que atirou ao chão o Flecha e o Hoogerland e da moto que fez o Sorensen cair.
-Das etapas dos Pirineus e da passividade dos favoritos, toda a gente mais preocupada em controlar do que em atacar.
-Da equipa Saxo Bank.
-Da maneira como a Saur passou completamente despercebida, geralmente estas equipas de um escalão inferior dão bastante nas vistas, entram e fugas, discutem finais de etapas e outras camisolas (juventude, pontos, montanha) e não foi o caso da Saur.
-Da passividade das equipas dos favoritos quando na etapa 18 (na vitoria do Andy), nenhuma colaborou com o Evans.
-Do desempenho do Cancellara no ultimo contra relógio, apostava nele para a vitoria dessa etapa.
-Da arrogância do Cavendish.

20 de março de 2011

Há um ano...


[Bolas!!!Ninguém me avisou que ia passar tão rápido...ó tempo, vai lá com calminha, sim?]

30 de dezembro de 2010

Já há algum tempo que não ponho aqui os pés, que é como quem diz "já há algum tempo que não ponho aqui palavras". Lembrei-me de voltar não só porque é final de ano, e o que não falta pela blogosfera são reflexões em jeito de avaliação final do ano que está a terminar, mas também porque a minha amiga Raquel me fez chegar o seu desagrado com o facto de ver escarrapachada há mais de um mês uma bela fotografia nossa aqui no estaminé. Ah!E também porque estou a trabalhar e isto aqui está uma pasmaceira que não se pode. De modos que ainda há cinco minutos estava dormitar em cima de um Portefólio e tenho necessidade de espairecer um pouco os miolos. (Brincadeirinha!)

Bem, é final do ano, não é? Há muito para contar, relembrar e avaliar: projectos iniciados e terminados, projectos iniciados e por terminar, projectos vitalícios, projectos que nunca chegaram a iniciar (apesar de os termos planeado) e muitos, muitos acontecimentos que não foram planeados, mas que fazem parte da natureza humano e que não podemos evitar.

2010 foi um ano emocionalmente confuso para mim. Vivi momentos muito felizes e momentos muito tristes e momentos muito pacíficos e momentos muito turbulentos.

Casei-me (lá está o projecto que espero vitalício :D) e posso dizer que não há ponta de arrependimento (para já :P). Foi uma festa bonita, com os seus contratempos (meteoeológicos, sobretudo) , com as suas imperfeições (a minha ideia também nunca foi ter uma festa de "princesinha", mas sim uma festa como a própria vida).

Iniciei o ano com muitas incertezas do ponto de vista profissional e, contra a conjuntura geral, em Janeiro mudei de trabalho. Saí com dois salários em atraso e até hoje ninguém me veio dar satisfação sobre os mesmos. Neste momento estou a trabalhar num projecto que me agrada minimamente. Apesar dos meus objectivos do ponto de vista profissional não serem estes, estou a trabalhar na minha área de formação académica. Além disso, agradeço todos os dias a oportunidade que me deram.

Vivi pela primeira vez o luto. A morte do meu avô materno. 21 dias antes de me casar. Por isso, podem imaginar o misto de emoções que o meu coração teve de gerir. Não foi muito fácil. Até porque o meu avô começou a morrer muito antes da sua morte física. No dia do funeral do meu avô, ergui a cabeça e tentei organizar todos os restantes preparativos do casamento como se ele ainda estivesse entre nós. Tive a certeza, nesse dia, que era isso que ele desejava.

A meados do ano pensei que ia ficar sem o avô paterno, mas afinal tudo acabou por não passar de um susto.

Inscrevi-me no mestrado e entrei.

Fui tia pela primeira vez. E tenho uma sobrinha muito fofa :)

Vivi, com muita felicidade, o casamento de duas grandes amigas e um grande amigo.

Conduzi muito, apesar da minha resistência e temor ao bicho de 4 rodas.

Tive, e espero continuar a ter, saúde para dar e vender.

Enfim, foi um ano de mudanças e para terminar em cheio vou passar para 2011 com a minha nova família. Por um lado, sinto-me feliz porque é consequência de um dos passos mais importantes e felizes da minha vida (o casamento) mas, por outro, tenho o coração no tamanho de uma minhoca porque é o primeiro ano que passo longe da minha família de sangue.

Para o ano de 2011, não faço projectos. Vou deixar a vida rolar. Quero estar ao lado de quem amo, com saúde e mmmuuuuuuiiiiiittttttoooooo optimismo.

Um bom ano para todos!

20 de novembro de 2010

para ti


no dia de hoje [20/11], pelas razões que conhecemos :)

Saudades!

Tens de passar aqui por casa. A lareira já está acesa, há chá e bolachas e muita conversa para pôr em dia :)

26 de outubro de 2010

O teu dia

Minha Babe,

Tu bem sabes o quanto eu gostaria de ter o dom de palavrear bonito para te poder presentear com uma bela e merecida dedicatória neste humilde e abandonado estaminé. Acontece que ando com as costas voltadas à fantasia das palavras. Enfim, ando a perder competências oníricas. Só um ínfimo conjunto de personagens da minha vida merecem este meu esforço em escrever bonito. E tu és uma delas! (não te entusiasmes, eu disse esforço em escrever bonito. escrever, de facto, bonito é outra história e, como te disse estou descompensada :D)
Oh,deixemo-nos de poesias, tu sabes o que o meu coração te quer dizer, não sabes? Afinal não são só as palavras que traduzem os sentimentos, certo? Eu estou aqui, longe e ausente fisicamente, mas perto de ti, sempre. Tão perto que a data do teu aniversário está gravada para sempre na minha cada vez mais débil memória. Não precisei de aceder aos teus perfis nas redes sociais para saber que hoje é o teu dia. A distância pode sempre ser combatida enquanto houver telemóvel e internet (embora eu esteja interdita de aceder às redes sociais :D). Enquanto houver amizade e carinho tu estarás sempre na minha memória e no meu coração e este dia jamais será esquecido :)

28 de setembro de 2010

Fomos promovidos...



...a Tia Lena e Tio Rogério :)

30 de agosto de 2010

Eu vou :)



e é grátis!!!

'tou feliz, pah! :D

29 de julho de 2010

7 de julho de 2010

Carta de (des)motivação

Candidatei-me, finalmente, ao Mestrado e com esta carta de motivação, cheira-me que não vou lá. Fui honesta e nos tempos que correm a honestidade paga-se caro.
Aqui vai ela e, vah, sejam honestos e digam lá se sou ou não uma grande besta com a mania da honestidade (O Rogério diz que sou seleccionada, honestidade ou não, o que a instituição quer é gente a pagar propinas, o que, trocando por miúdos, significa o salário no final do mês para as vivalmas que lá trabalham).

Eis a dita cuja:

"Com a introdução dos princípios do Tratado de Bolonha no Ensino Superior português, a prossecução dos estudos conducentes ao grau de Mestre é já, não tanto um desejo, mas uma imposição para quem não quer ver defraudados, do ponto de vista profissional, cinco anos de estudos universitários, que culminaram, somente, numa Licenciatura. “Aprender ao longo da vida” é o lema daqueles que não querem, obviamente, ficar ultrapassados. E eu não quero ficar para trás. Necessitava, contudo, do meu ponto de vista, de mais tempo para amadurecer a minha vocação. No entanto, os tempos correm e o “tempo de maturação” escassa e aos 25 anos sinto que não podia adiar esta decisão. Quando procurei a oferta de mestrados em território nacional, sobretudo, na região norte, fi-lo com o intuito de me inscrever num mestrado que me desse mais hipóteses de empregabilidade e continuidade nas funções que exerço actualmente. Os tempos estão difíceis e cada vez mais ficámos impossibilitados de lutar e sonhar pelo que realmente nos dá gozo e felicidade. Apesar de considerar que o Mestrado em Gerontologia Social é bastante promissor do ponto de vista da empregabilidade, sei também que o trabalho realizado nesta área, sobretudo nas IPSS's, é na generalidade mal remunerado. Obviamente, para mim, que constituí família recentemente, o rendimento familiar no final do mês tem um peso efectivo. Por isso, é com honestidade que digo a Vossas Excelências, que a decisão de me inscrever neste Mestrado não foi pacífica, porque obviamente pesa no meu futuro. Se me inscrevi somente neste mestrado, posso-vos assegurar, fi-lo do coração. É uma área do conhecimento que me cativa e me entusiasma. Se tiver em conta que 80% do nosso tempo é dedicado ao trabalho, esta decisão só podia ser motivada pelo o meu coração. Não tenho a menor dúvida que serei uma excelente aluna e, se me derem a oportunidade no futuro, uma boa profissional na área. Realizei o meu estágio curricular num Centro de Dia e desenvolvi um projecto de intervenção comunitária na área do envelhecimento activo que me deu bastante gozo. Tive, também, a sorte de encontrar trabalho logo após a conclusão da licenciatura numa empresa de prestação de serviços na área da geriatria, onde pude desenvolver bastantes projectos na área do envelhecimento, inclusive, a implementação de uma Universidade Sénior no concelho de Barcelos. No mesmo período, desenvolvi e implementei sessões de estimulação cognitiva com os idosos residentes de um Lar de Terceira Idade. Todo este trabalho, possibilitou-me o convite para a participação numa palestra, enquanto oradora, numa escola secundária do concelho acerca da estimulação cognitiva na Terceira Idade.

Tenho, penso eu, a experiência profissional suficiente, embora quisesse adquirir mais experiência, para perceber se é esta a área em que devo apostar e, sobretudo, se é uma área que me fará sentir realizada e feliz do ponto de vista profissional. E eu sei que é. Portanto, e para finalizar, o que realmente me motivou para apresentar candidatura a este mestrado foi a oportunidade de trabalhar na área da gerontologia, com conhecimentos renovados e mais bem preparada, e, sobretudo, a vontade de tentar a sorte e apostar numa área que me faz sentir realizada e feliz."


25 de junho de 2010

Avô

ontem, completei 25 anos. e faltou-me um telefonema. faltou-me o teu telefonema, avô.
embora não sinta a urgência de erguer as saudades que sinto de ti como uma bandeira para que todos a possam ver, o facto é que ela sempre existirá. e será sempre a saudade de uma neta. de uma neta, nem sempre presente, mas sempre acarinhada por ti. aliás, como todos os teus netos e toda a tua família. a família sempre foi o teu estandarte, o teu objectivo máximo de vida. e, deixa-me dizer-te, avô, fizeste um bom trabalho! poucas foram as vezes que visitei a tua campa. e, honestamente, não sinto muita necessidade de o fazer. não foi lá que te deixei e sei que não é lá que encontrarei as memórias mais queridas que guardei de ti. sei que, pelo jeito com que sempre admiraste a minha facilidade com as letras (especialmente, por causa daquele poema que escrevi para a minha mãe, ainda na escola primária, e que a D. Fátima te mostrou), esperas de mim, estejas onde estiveres (e eu acredito que estás onde a tua fé te levou), a devida homenagem poeticamente palavreada (a verdade, avô, é que ando a perder competências poéticas). devo-te essa desde sempre. ainda vivo, já te devia essa. mas, sabes como é avô, a gente nem sempre arranja a coragem, o tempo e a abertura de espírito para dizer às pessoas que nos rodeiam e que amamos, o quanto elas são importantes na nossa vida. e contigo, falhei. devia-te este "obrigada!" em vida, mas só to posso dizer agora. eu sei que, pela fé que sempre me testemunhaste, me estás a ouvir agora. sei que fui fisicamente ausente, quando ainda eras vivo. a vida fez com que nem sempre pudesse estar ao teu lado. não me arrependo. afinal, mais do que ninguém, foste tu quem me ensinou a ter ambições e a lutar. e foi o que fiz e ainda faço.

o poema (a melhor homenagem que te poderei fazer) que já é teu, mesmo antes de nascer, chegará um dia. o dia em que a recordação de ti trará apenas sorrisos rasgados e memórias brilhantes. por agora, avô, a saudade ainda traz o nó na garganta e os olhos humedecidos. tu mereces que a gente saiba rasgar um sorriso sempre que falarmos de ti a alguém. por isso, o poema chegará, para ti, com o meu melhor sorriso. prometo.